Durante uma sessão especial de liberdade de imprensa, a assembléia da SIP revisará os atentados registrados nos últimos seis meses, entre os que se encontram quatro assassinatos de jornalistas (dois na Colômbia e um no Haiti e México, respectivamente), agressões a jornalistas e meios de comunicação na Venezuela, Brasil, Colômbia, Guatemala e Peru.
Cuba e Haiti merecerão especial atenção por parte da SIP. O primeiro por ser um caso emblemático de privação de todas as liberdades e de inovadoras formas de agressão contra os jornalistas independentes. Por outro lado, a violência contra os jornalistas haitianos que exercem principalmente seguidores do partido no poder e os casos impunes de três jornalistas assassinados, será o tema de um painel de discussão.
Um espaço destacado na agenda será dedicado à política oficial de perseguição, dirigida pelo presidente Hugo Chávez, contra a imprensa e os jornalistas da Venezuela.
Sobre este tema, o presidente da Comissão da Liberdade de Imprensa, Rafael Molina, da revista Ahora, Santo Domingo, República Dominicana, informará os resultados de uma visita da SIP a esse país em fevereiro passado, onde se comprovou que o governo não respeita os princípios da Declaração de Chapultepec, documento em que se reúnem 10 fundamentos sobre liberdade de expressão e de imprensa que devem existir em uma sociedade democrática.
Novas leis e projetos de lei que pretendem censurar os jornalistas e os meios de comunicação, entre eles a lei de Conteúdos da Venezuela, a afiliação obrigatória na Guatemala e Nicarágua, a nova lei eleitoral na Bolívia, o código da infância no Equador, entre outros, serão também analisados durante a reunião de meio de ano que se realiza no resort Casa de Campo, localizado na província de La Romana, no sudeste da ilha.
A Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação revisará disposições e medidas judiciais que afetam o normal desenvolvimento da imprensa nos Estados Unidos, Paraguai, Peru, Costa Rica e Canadá, entre outros países.
Após esta reunião, e no tópico ainda da liberdade de imprensa haverá numerosos debates e relatórios sobre projetos realizados pela SIP. O presidente da Comissão de Impunidade, Alberto Ibargüen, do The Miami Herald, Flórida, informará sobre os novos casos de assassinatos contra jornalistas, investigados pela SIP e os avanços e retrocessos vinculados a mais de 30 crimes.
Casos no Brasil, Colômbia e México serão examinados devido à escalada da violência em áreas fronteiriças e do interior desses países, consideradas zonas de alto risco.
Por seu lado, o presidente da Comissão de Chapultepec, Alejandro Miró Quesada, do El Comercio, Lima, Peru, discorrerá sobre as recentes missões a Venezuela e Bolívia, e falará sobre as implicações da próxima cúpula hemisférica que a SIP realizará em Washington, DC, de 22 a 24 de junho, para a qual convidará presidentes de supremos tribunais e jornalistas das Américas para dialogar sobre o papel e a responsabilidade da Justiça e da imprensa em uma sociedade democrática.
Estes temas serão analisados durante os
cinco dias da reunião por mais de 300 representantes da imprensa hemisférica
e na terça-feira, 19 de março, a SIP se pronunciará oficialmente
e mediante resoluções, através das quais se promoverão
linhas de ação para combater as violações à
liberdade de imprensa.
FUENTE: nota.texto7